Detalhe da capa do livro "Celeste Inválido Silício"
Quando fui apresentado à Realidade Aumentada pelo Prof
Claudio Kirner, mais de dez anos faz, experimentei por ela aquela sensação que muitos chamariam de “amor
à primeira vista”. Todas as tecnologias
envolvidas no processo, tais como realidade virtual, computação gráfica,
processamento de imagem, reconhecimento de padrões e transformações
geométricas, eu já conhecia. Não havia novidade tecnológica para mim. No
entanto eu presenciava algo novo, incrivelmente diferente, que rapidamente fez
minha pulsação disparar, minhas pupilas dilatarem e um sentimento de euforia me
envolver. Agora que a tinha conhecido sabia que não conseguiria mais viver sem
ela. Desde então a Realidade Aumentada
tem me acompanhado e me proporcionado momentos inesquecíveis, contribuindo decisivamente
em boa parte de minhas realizações. Já pesquisei seu uso na educação, na saúde,
nas artes e no entretenimento. Acompanhei sua trajetória
em diversas outras áreas e em situações das mais inusitadas. Ultimamente eu já
não sentia a euforia do primeiro encontro, é verdade, mas o respeito e afeto se mantinham. Também achava que não teria mais como ser
surpreendido por alguma de suas façanhas. Enganava-me. Mais uma vez pelas mãos
do Professor Kirner, tive a grata surpresa de conhecer uma nova faceta da
realidade aumentada: seu lado poético. E
somente um artista, com a criatividade, a abertura e a sensibilidade de um
Norbert Heinz para conseguir fazer aflorar essa vocação que se escondia latente
entre os bits e marcadores que possibilitam a mágica de se enriquecer o
ambiente real com elementos virtuais. Quando tive o privilégio de acessar a
versão preliminar do livro "Celeste Inválido Silício", lançado ontem, e suas “poesias aumentadas” pude reviver muitas
das emoções do primeiro encontro, não uma vez apenas, mas a cada nova poesia
que eu saboreava. Só então pude perceber
que a realidade aumentada possui mais semelhanças com a poesia do que
imaginava. A poesia consegue nos surpreender e maravilhar
pela composição inspirada de palavras que muitas vezes são velhas conhecidas,
mas que nunca antes haviam se encontrado em tal arranjo. Mais ou menos o que faz
a realidade aumentada ao unir de forma inovadora tecnologias pré-existentes. Este livro traz, literalmente, uma nova dimensão
para a poesia, elevando ao quadrado o conceito de poesia concreta (ou
seria virtual?). Bem, não tomarei mais tempo de você leitor (ou seria
interator? ). Pode baixar o livro aqui, assistir ao tutorial, imprimir seus marcadores, sua webcam e partir para a ação (ou
seria interação?). Divirta-se. Inspire-se.
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PS: o texto acima é o prefácio que escrevi para o livro "Celeste Inválido Silício", que acaba de ser lançado
PS2: site do livro: http://ckirner.com/poemas/
PS3: se você tem interesse no tema realidade aumentada e educação sugiro a leitura deste meu post
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