Logo no início de minha palestra de lançamento do livro "Educação sem Distância" deixei a platéia "tensa" ao circular pela mesma com a arma, digo, com o microfone em punho, disparando perguntas a alguns dos presentes. Como quem pergunta o que quer pode (e deve) ser igualmente inquirido, fui "alvejado" a "queima-roupa": "O que é Educação?". Numa platéia repleta de eminentes educadores e pensadores da educação seria muito rico se pudéssemos abrir essa discussão filosófica. Pena que eu tinha apenas 30 minutos para a minha apresentação. Combinei então com os presentes que abriria essa discussão no meu blog. E antes mesmo de abrí-la já recebi a contribuição de uma amiga que lá estava presente. Abro assim, com a contribuição dela, essa conversa sobre conceito tão importante . Aguardo a sua enquanto penso melhor na minha ;-).
"Educar que em latim educere significa conduzir para fora ou seja, extrai o potencial que está dentro do ser humano (caminho para desenvolvimento pessoal – experiências de vida, valores e princípios) e treinar outra forma de desenvolvimento pessoal (informação, habilidades e políticas). Baseado no modelo de efetividade gerencial – S.K. Chakraborty." (enviado por Ingrid Schrijnemaekers)
Olá professor. Sou aluna da Escola Politécnica e encontrei seu blog.
ResponderExcluirGostei muito da definição de Ingrid Schrijnemaekers exatamente pelo fato de ela falar de "extrair o potencial que está dentro do ser humano". Ou seja, educar não significa apenas expor um assunto, mas explorar tudo o que o aluno pode desenvolver acerca dele.
Eu particularmente acredito que não há educação sem estímulo, sem troca, sem preparação, sem discussão. Eu acho que aprendizado vem de experiência de sentimentos. Senão não há vivência sobre o assunto, ele passa a ser apenas mais uma exposição entediante que não interessa.
Muitos professores mudariam sua forma de educar se refletissem 2 minutos sobre o que ela disse.
Parabéns pelo blog.
É difícil dizer o que é, mas ajuda saber o que não é. Não é seguir o caminho mais fácil. Não é acreditar que tudo é relativo, e que o resultado 2 + 2 depende do consenso. Não é chamar e tratar o aluno como cliente. Não é banir a palavra "aluno" porque quer dizer "sem luz" (ver http://mptcufal.blogspot.com/2010/03/nas-coxas.html). Em fim, não é fazer de conta que se ensina enquanto os clientes fazem de conta que aprendem.
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ResponderExcluirProfessor Romero, parabéns pelo lançamento do livro. Agora ele nos pertence, ao público leitor. Obrigada pela parte que me toca.
ResponderExcluirSobre educação, o que venho pensando é que não há um conceito único. Depende de quem conceitua. Para alguns educação significa treinamento. Para outros, significa aprender a se libertar (inclusive dos treinamentos). Para a maioria, infelizmente, educação é recognição (aprender o que já é conhecido. O mesmo!). Para mim, educação, como penso atualmente, é diferenciação, é devir. Ao invés de reconhecer, criar. O mundo não está pronto. Podemos, inventá-lo. E a vida é a grande escola. Na escola da vida, aprender passa também pelo desaprender. Devemos desaprender muitas bobagens que vamos acumulando num saco muito grande, desaprender hábitos que aprisionam a vida, desaprender teorias que não servem para nada, desaprender a ser levianos, desaprender a julgar, desaprender a ser autoritários etc. A lista é longa... O que a gente vai botando no lugar dos vazios deixados pelo desaprender. Na verdade, não há vazios porque ao desaprender, aprendemos, criamos novos valores, novos conhecimentos, novos comportamentos, novas habilidades. Sem querer ser referência, dona da verdade, dou meu testemunho pessoal: descobri recentemente que a educação é uma "máquina de guerra" pela vida. Suas aulas para mim são isso: mais do que os conceitos que vc ensina, que projeta na parede, SUA PRESENÇA É MUITO EDUCADORA, pois estimula o pensamento (coisa rara hoje em dia porque há uma enorme máquina anti-pensamento), estimula a pesquisa (aprender em atividade) e , o mais importante, CRIA AFETOS POSITIVOS. Seu curso (PCS5757, na Poli) está sendo ótimo para mim, pois me proporciona aquilo que o Spinoza aconselha cultivar para aumentar a potência da vida: BONS ENCONTROS E PAIXÕES ALEGRES.
Olá profº. Tori,
ResponderExcluirMinha humilde contribuição: educação é "edulcorar para ação". Sim, tornar doce para a ação. Que precisamos agir, não resta dúvida. Mas, que seja com doçura, de forma branda. Chega da agressividade do macho neoliberal, que atropela tudo e todos. Não que devamos comprar este conceito tolo de "lado feminino", mas entender que educação passa, sim, pelo lado doce da existência - que não tem relação com gênero, é do homem e da mulher.
Beijos,
Ronaldo Souza
Caro Prof. Romero,
ResponderExcluirMais uma vez Parabéns pelo lançamento do Livro. Fico imaginando o quanto deve ser gratificante após muitos anos de pesquisa e estudo.
Acredito que a Educação, hoje em dia, é uma ferramenta poderosa para mudar o mundo que pode "equipar" as pessoas com conhecimento, habilidades e valores para que possam participar como cidadãos ativos, tornando-os encorajados a enfrentar as diversas questões controversas do dia-a-dia e aquelas apresentadas pela mídia e tecnologias modernas de comunicação.
Gde abc.
Vander